Saúde

UTI Cirúrgica do Roberto Santos zera índice de contaminações

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Cirúrgica do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador, registrou, no fim de janeiro, 100% de redução de contaminações relacionadas à assistência à saúde. Integrante do projeto colaborativo ‘Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil’, desde 2017, a unidade é uma das quatro representantes da Bahia na ação.

Inicialmente, o objetivo era alcançar 50% de redução, como explica a coordenadora da UTI Cirúrgica do HGRS, Indaiane Abade. “Até 2020, precisávamos reduzir pela metade os índices de infecção relacionada ao uso do cateter central, de sonda vesical e também entubação orotraqueal. Conseguimos zerar essas infecções por corrente sanguínea. Estamos há um ano sem registro de infecção de trato urinário e nós conseguimos, há seis meses, zerar também casos de pneumonia associada à ventilação mecânica”, afirma.

De acordo com a enfermeira-referência da UTI Cirúrgica, Thaís Nogueira, “entre as medidas adotadas para se chegar a esse resultado estão a plotagem no chão da unidade, chamando atenção dos profissionais da saúde e também das famílias para a importância da lavagem das mãos, bem como pacote de medidas específico para cada tipo de infecção”. Thaís lembra ainda que “houve um impacto financeiro, que foi evidenciado através de um cálculo comparativo entre pacientes de mesmo perfil com e sem registro de infecção, e a redução de custo foi de 73%”.

Há seis dias na UTI Cirúrgica, José Perpétuo, 100 anos, recebe a visita da filha, a dona de casa Alvina Piedade, diariamente. Ela assegura que “conforme fui ensinada pelo pessoal, só entro no quarto com as mãos bem lavadas e evito tocar em qualquer objeto de fora”.

Resolutividade

A ação é resultado de uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). Segundo o supervisor de UTIs do Roberto Santos, André Estrela, em breve ocorrerá “a expansão da experiência piloto para as UTIs gerais, neurológica e cardiovascular”.

De alcance nacional e voltado à busca pela excelência em segurança aos pacientes, o projeto selecionou 119 hospitais unidades, de 25 estados brasileiros, que recebem pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que ofertam terapia intensiva adulto. “O impacto é muito grande, pois conseguimos rodar um maior número de leitos e economizamos. É um projeto muito grande, que envolve enfermagem, médicos, fisioterapeutas e toda a equipe, inclusive a alta gestão”, destaca o diretor-geral do HGRS, José Admirço. (SECOM)

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