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Resgate e frustração ‘EC Bahia’

Passada a batalha por uma vaga na semifinal da Copa Sul-Americana, o Bahia volta as atenções para aquele que sempre foi o principal objetivo da temporada: a permanência na Série A do Campeonato Brasileiro. Serão sete ‘decisões’ até o fim da competição.

Se o Esquadrão cumprir esta missão, será o definitivo resgate da moral tricolor. Apesar da eliminação nas quartas de final da ‘Sula’ e da má vontade da arbitragem com o clube em diversos episódios (incluindo aí o VAR), o Bahia voltou a mostrar o peso de sua camisa. É a tal competitividade implantada pelo técnico Enderson Moreira no elenco – e abordada aqui na semana passada – dando resultado.

Mas vamos voltar à disputa do certame nacional. Desde que o Brasileirão passou a ser disputado por 20 clubes, no formato de pontos corridos, em 2006, os times que conseguiram escapar do rebaixamento, ocupando a 16ª posição, ficaram com pontuação entre 40 e 46 pontos.

O curioso é que tanto o número mínimo quanto o máximo, descritos acima, só ocorreram uma vez. Em um terço das 12 últimas edições da Série A, a primeira equipe fora da zona de rebaixamento precisou chegar aos 45 pontos para evitar a queda: Goiás (2007), Portuguesa (2012), Flamengo (2013) e Vitória (2016).

O único time que conseguiu escapar do descenso com 40 pontos foi o Palmeiras, em 2014 – justamente no ano em que o Bahia foi rebaixado pela última vez, com os mesmos 37 pontos que o clube já acumula na temporada atual.

Para atingir a numeração ‘mágica’ da fuga do inferno (pelo menos a mais frequente, 45), são necessários mais oito pontos. Dá até para ir além e garantir presença mais uma vez na competição continental, a Copa Sul-Americana.

No ano passado, o Tricolor de Aço conseguiu sua melhor campanha na história da Série A no atual formato, atingindo os 50 pontos, mas desperdiçou uma oportunidade de ouro de chegar à Taça Libertadores. Como esquecer as derrotas para os fracos Sport e Chapecoense naquela reta final?

Quaisquer que tenham sido os fatores para aquela queda de rendimento dos atletas do Bahia naquele par de partidas, que eles não voltem a aparecer. A primeira decisão do Esquadrão na luta contra o rebaixamento será logo contra um adversário jamais derrotado por ele na história do Brasileirão – justamente a Chapecoense. Não interessa outro resultado que não seja o triunfo. Chegou a hora de empurrar o tabu para longe.

Ambição? Cadê?

Se em 2017 os atletas do Bahia desperdiçaram a grande chance de escrever o nome na história, ficou, de novo, a sensação de falta de ambição. A eficiência para aproveitar contra-ataques não esteve em campo diante do Atlético-PR. Já havia visto este ‘filme’ no duelo diante do Palmeiras e ver o triunfo escapar foi o castigo. Pelo menos houve luta. Que ela siga presente.(A Tarde)

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