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Foliãs acreditam que campanha diminui casos de assédio no Carnaval

No Carnaval de Salvador 2020, a ideia é reforçar o não à violência contra a mulher e ao assédio e importunação sexual, ainda presente no dia a dia da população feminina no Brasil e no mundo. Por isso, o “Pare! Não à Importunação Sexual!” é uma das campanhas de conscientização do Observatório da Discriminação Racial, LGBT e Violência Contra a Mulher, coordenado pela Secretaria Municipal de Reparação (Semur) e que vem ganhando a adesão dos foliões.

Segundo Joseane Reis, que estava curtindo as atrações do Circuito Osmar (Centro) neste domingo (22), o trabalho de conscientização é um grande avanço – ela mesma já sofreu importunação em carnavais passados. “Eu me lembro que me escondia quando os blocos mais famosos de assédio passavam para não passar pelo desprazer dos homens me arrancarem um beijo. Hoje acredito que, com a luta social, com a mulher conhecendo mais seus direitos, os homens estão tomando mais precaução. Este ano eu não fui assediada”.

Ela complementou que campanhas como a da Prefeitura para conscientizar também os assediadores é um grande apoio às mulheres. “A redução do feminicídio e a instrução sobre o direito das mulheres são uma resposta positiva dessas campanhas públicas. É a preservação da vida humana. A mulher faz parte de um grupo mais vulnerável, mas as campanhas colaboram no geral”, avaliou Joseane.

Para a foliã Neucimar Barros, que estava brincando com o filho na Passarela Nelson Maleiro, no Campo Grande, os homens estão respeitando mais este ano. “Antigamente, era muito pior. Assédio não é brincadeira. Acho que essas campanhas são ótimas para a população se conscientizar”, pontuou.

Dinâmica – A campanha “Pare!” envolve 90 agentes de campo nos dias oficiais do Carnaval até a meia-noite, observando, registrando e/ou encaminhando situações de ato racista ou violência. O Observatório dispõe de 150 profissionais espalhados em um posto central, no Campo Grande, e seis mirantes, três deles distribuídos no Circuito Osmar e outros três no Circuito Dodô (Barra/Ondina).

Caso seja presenciada alguma situação de violência contra a mulher, basta fazer a denúncia através do WhatsApp do Observatório, no número (71) 98622-5494, ou através do site reparacao. salvador. ba. gov. br.

Foto: Inácio Teixeira/

SECOM

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