NotíciasSalvadorSaúde

Profissional dá dicas para prevenir e tratar o diabetes

Na Semana que antecede o Dia Nacional do Diabetes, que ocorre no dia 14 de novembro, a profissional da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Jenine Mendes, dá dicas para prevenir e tratar a doença. Atualmente, 28.695 pessoas em Salvador estão cadastradas nas Unidades de Saúde da Família (USF) para acompanhamento da doença. O número de pessoas atendidas é ainda maior, pois o cadastro não abrange pacientes de urgência e emergência.

O diabetes é uma doença crônica não transmissível causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. Em Salvador, as pessoas portadoras da doença têm o acompanhamento diário de multiprofissionais, a exemplo de médicos, enfermeiros e odontólogos das USFs e equipe de multiprofissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Quando necessário, os usuários são encaminhados para os multicentros, para atendimento com especialistas.

Quem é diagnosticado com diabetes tipo 1, doença de origem autoimune, é encaminhado para o Centro de Referência Estadual para Assistência ao Diabetes e Endocrinologia (Cedeba). A principal diferença entre o tipo 1 e o tipo 2 é que, no tipo 1, o pâncreas deixa definitivamente de produzir insulina. No tipo 2, o pâncreas produz a insulina, mas ela é insuficiente e não pode ser plenamente metabolizada pelo organismo em decorrência da resistência que ocorre nos órgãos e músculos do indivíduo.

Sintomas e prevenção – Segundo Jenine, que é enfermeira e técnica do campo temático Doenças Crônicas não Transmissíveis, os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença são excesso de peso, má alimentação, histórico familiar, sedentarismo e hipertensão. Os sinais de alerta da doença são a urina frequente, fadiga, perda de peso, sede excessiva e fome aumentada.

Para a prevenção e os cuidados, Jenine recomenda que as pessoas procurem ter hábitos saudáveis de vida. “É essencial praticar mais atividade física, consumir mais frutas, legumes e vegetais e ter acompanhamento, pelo menos uma vez ao ano, para verificar os fatores de risco relacionados ao diabetes e à pressão alta. Com a detecção precoce, o paciente consegue evitar a progressão da doença e as complicações acarretadas por ela”, afirma.

O diabetes provoca complicações como as lesões nos pés e pernas, em alguns casos levando à amputação, retinopatia diabética, a neuropatia diabética e a doença renal crônica. Nos casos mais graves, a doença pode levar à morte.

Melhora – Para evitar a progressão e as complicações da doença, a aposentada Nancy de Oliveira, de 58 anos, frequenta mensalmente a reunião com os profissionais da Unidade Básica de Saúde do Barbalho. Desde que iniciou o acompanhamento, ela teve uma sensível melhora. O nível de glicose no sangue, que já esteve em 800 miligramas por decilitro, reduziu para 128 miligramas por decilitro, valor próximo à quantidade normal em jejum, que é inferior a 99 mg/dl.

“Nós temos o acompanhamento do pessoal da nutrição e da enfermagem. Eles verificam nosso peso, altura, pressão, glicemia. Passam dieta, recomendam chás e fazem interação em grupo. É muito bom. A gente aprende que tudo moderado nessa vida dá resultado”, diz Nancy, contente com o efeito do tratamento.

Unidades – Quem ainda não é acompanhado pode se dirigir a uma das 93 Unidades de Saúde da Família do município ou a uma das 47 Unidades Básicas, e conversar com o médico para ter o diagnóstico e indicação do tratamento adequado.

Foto: Jefferson Peixoto/Secom

SECOM

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *