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O que falar e fazer,uma grande interrogação

“Em meio a tantas audiências públicas sobre essa ponte que já fui, essa foi a que mais me surpreendeu pela falta não só dos vereadores, mas dos que lutam, não para que essa bendita ponte não venha, mas que seja dado as condições necessárias com os prováveis aumentos populacionais, antes de ser concretizada, enfim, o que ouvi foi que a crise segundo o relator e preposto do governo o Sr. Paulo Henrique levou a uma redução nas expetativas com relação ao potencial imobiliário da Ilha de Itaparica e também com a redução da expectativa com o tráfego previsto para a Ponte Salvador x Ilha. Ele nos contou que o colapso ou problema do estaleiro em função dessa nova conjuntura fez rever o chamado ‘navio de projeto’ e que era importante pra saber o porque algumas coisas da ponte está mudando. Segundo ele, quando o projeto foi lançado o estaleiro estava indo de vento em polpa e a ponte ainda era um sonho e hoje isso se inverte, e o estado achou por bem rever o projeto de engenharia que previa entre outras coisas a altura de 125 metros que seria um recorde em relação a ponte sobre o mar e resolveram reduzir os custos do projeto, agora ela terá 85 metros…
Ele segue falando que o projeto é de desenvolvimento regional e não tem como objetivo principal ligar Salvador a Ilha de Itaparica e ninguém ia propor gastar mais de 6 bilhões para simplesmente fazer essa ligação e eles querem eliminar esse paradoxo que existe hoje, ressaltando que Salvador é uma região metropolitana sendo a mais importante região econômica do Nordeste e o problema segundo ele, é que o desenvolvimento nas últimas décadas se concentrou do lado Leste da Bahia de Todos os Santos, Salvador, Camaçari, os municípios dessa região, enquanto que do outro lado da Bahia de Todos os Santos, no baixo sul e na própria Ilha de Itaparica o desenvolvimento se estagnou. Ao meu ver pouco importa os impactos que a ilha possa sofrer, a preocupação como ele mesmo falou são com os mais de 250 municípios que terão seus impactos positivos em relação a logística, a facilidade que a ponte vai trazer, e um dos mais beneficiados são os do baixo sul, o recôncavo sul, o Vale do Jequiriça e até o Litoral Sul, na região de Ilhéus e Itabuna. Ainda segundo ele também vai trazer mudanças positivas no sudoeste baiano, em Vitória da Conquista, Brumado, até o extremo sul.
Ainda teremos mais reuniões, mais audiências públicas, porque o edital ainda está pra ser lançado que é para a construção dos acessos de Salvador, a construção da ponte e de uma nova rodovia passando pelo interior da ilha, a duplicação da BA-001 entre a estrada de Cacha Prego e a Ponte do Funil. Esse é o objeto da licitação que está em curso e o estado vai lançar brevemente um outro chamado público, um outro procedimento de manifestação de interesse pela SEINFRA chamando os interessados para construir a segunda parte que vai da Ponte do Funil a Santo Antonio de Jesus e a requalificação da BA-001 que vai de Nazaré a Valença e fica faltado para mais adiante a ligação entre a BA-116 e Santo Antonio de Jesus.
Pelo que foi dito está sendo esperado com essa ponte um gigantesco crescimento do Turismo e do veraneio em muitas regiões a exemplo do que acontece com o Litoral Norte, com mais de trinta mil novas residências nas últimas décadas e esperam uma revolução na agricultura regional com essa logística melhorada, ficando bem mais próximo do mercado de Salvador e do mercado internacional via Porto de Salvador já que a ponte vai fazer essa conexão direta.
Na Ilha de Itaparica foi dito que está previsto a construção de um polo médico e educacional de escola técnica e ensino superior e em momento algum foi falado na segurança, dos possíveis problemas causados com o aumento da população, nem do aumento da violência na ilha e o que vão fazer para melhoria nessa parte. O que se está preocupado é com os bilhões de lucros que se pode chegar aos estaleiros e como a licitação que ainda está em curso, espero que os senhores vereadores junto com a comunidade da Ilha de Itaparica acordem e reivindiquem todas as melhorias enquanto ainda há tempo…”.

Sarita Rodrigues

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