Ciência

Novo planeta anão reforça tese da existência de uma ‘Super-Terra’

Embora Plutão tenha sido rebaixado a planeta anão em 2006, o número de planetas do Sistema Solar teima em ser nove. A ideia, já cogitada há algum tempo pela comunidade astronômica, ganhou um reforço com o anúncio da descoberta de um pequeno e longínquo corpo celeste, denominado Goblin, em outubro. Assim como outros dois planetas anões encontrados nas últimas décadas, Sedna e 2012 VP113, ele parece ser influenciado por um objeto grande e ainda invisível – o Planeta Nove.

O gelado Goblin (“Duende”, em inglês; oficialmente, 2015 TG387) tem um diâmetro de cerca de 300 km e órbita muito alongada, que o leva a dar uma volta em torno do Sol em 40 mil anos. Quando mais se aproxima da nossa estrela, ele está a uma distância 2,5 vezes maior que a de Plutão; no ponto mais afastado, fica quase 60 vezes mais longe do que o planeta rebaixado em 2006. Por causa disso, a luz que ele reflete é muito fraca para ser vista da Terra durante 99% de sua órbita.

“Só agora estamos descobrindo como seria a parte externa do Sistema Solar e o que poderia estar por ali”, disse Scott Sheppard, do Instituto Carnegie para a Ciên­cia, de Washington, e membro da equipe que fez a descoberta. “Acreditamos que há milhares de planetas anões no Sistema Solar exterior. Estamos apenas vendo a ponta do iceberg agora”.

A tendência mais forte para explicar por que as órbitas de Sedna, Goblin e 2012 VP113 parecem agrupadas é a existência de um grande corpo celeste a conduzi-las, que pode ser dez vezes maior do que a Terra . Para Konstantin Batygin, professor assistente de ciên­cia planetária no Caltech (EUA), que trabalhou em simulações teóricas do hipotético Planeta Nove, a notícia do Goblin constitui uma “grande descoberta de fato”.

O Goblin foi encontrado por meio do telescópio japonês Subaru, instalado no vulcão adormecido Maunea Kea, no Havaí. O Subaru é o único no mundo capaz de produzir imagens profundas dos limites externos do Sistema Solar, além de ter um campo de visão amplo o suficiente para visualizar o céu em condições de descobrir objetos raros. Em novembro a equipe do Goblin voltou a usá-lo em busca de outros corpos celestes – entre eles, o Planeta Nove.

Fonte: iG 

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