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Atividade física ajuda no controle da pressão arterial

A prática de exercícios físicos regulares causa uma redução da pressão arterial semelhante à de muitas medicações anti-hipertensivas. A orientação é do cardiologista da equipe do Hospital Cárdio Pulmonar, Gustavo Feitosa, no Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial, 26 de abril. A afirmação é reforçada por uma pesquisa realizada pelo Departament of Health Policy, London School of Economics and Political Science, recentemente publicada no British Journal of Sports Medicine.

O médico orienta que a indicação do exercício deve obedecer a algumas regras, como acontece com a prescrição de medicamentos. “Aspectos como o tipo do exercício, a dosagem, progressão e os possíveis efeitos colaterais devem ser contemplados no processo de educação do paciente portador de hipertensão”, explica Gustavo Feitosa.

O cardiologista enumera, ainda, os passos sugeridos para se otimizar os benefícios da atividade física como ferramenta terapêutica. “A primeira medida é a avaliação médica para detectar situações que possam por em risco a prática de exercícios de maior intensidade, como, por exemplo, isquemia, arritmias complexas ou até mesmo pressão extremamente elevada”, pontua Feitosa.

Exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida, bicicleta, dança e natação, devem ser praticados de 90 a 150 minutos por semana. A intensidade e a modalidade do exercício aeróbico devem ser individualizadas, levando em consideração preferências pessoais e a capacidade física do paciente, conforme diz o especialista.

A orientação é para que se pratiquem também exercícios de fortalecimento, como musculação ou Pilates. “A combinação dos dois tipos de exercício, aeróbico e fortalecimento, promove a redução adicional da pressão arterial”, explica Gustavo Feitosa.

O médico também afirma que é imprescindível realizar reavaliações periódicas com intervalos definidos pelo médico assistente para análise da progressão e decisão de abordagens diagnósticas e terapêuticas adicionais. “Seguindo esses passos, o risco de eventos adversos durante a prática da atividade física é extremamente baixo. Na realidade, o que o paciente hipertenso deve temer são os riscos atribuídos ao sedentarismo, grande vilão da saúde cardiovascular”, adverte.

Hipertensão

O cardiologista Gustavo Feitosa destaca que a hipertensão arterial é uma condição de grande importância epidemiológica, sobretudo, por conta da sua influência na elevação no risco de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, bem como insuficiência cardíaca, retinopatia, injúria renal e doença obstrutiva arterial periférica.

Uma vez diagnosticada a doença, o tratamento consiste na adequada aplicação de medidas não-farmacológicas, por meio de dieta e exercício, e farmacológicas, com medicações anti-hipertensivas.      “Ao mesmo tempo em que o sedentarismo é um importante fator de risco para o desenvolvimento de hipertensão, o combate através da correta orientação do exercício físico constitui poderosa ferramenta terapêutica”, conclui Gustavo Feitosa.

(cardiopulmonar.com.br)

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