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Casos de infrequência escolar caem pela metade após criação do programa Agente da Educação

Dados positivos já podem ser observados após a adoção do programa Agente da Educação, que tem transformado o ambiente escolar e beneficiado alunos, profissionais, familiares e toda a comunidade envolvida no processo educativo. De setembro de 2015 a dezembro de 2018, o Parque Social registrou 135.635 casos de infrequência nas escolas atendidas pelo programa, dos quais 67.723 foram regularizados (49,93% dos casos). No mesmo período, foram registrados 13.693 abandonos, entre os quais 4.622 foram regularizados e 6.995 evadidos com 1.451 regularizações.
A infrequência ocorre quando o aluno faltou a escola três vezes na semana ou a partir de seis vezes no mês; o abandono, quando a ausência se repete por um período de um a três meses e a evasão, com alunos que faltaram a escola por período superior a três meses. Os benefícios são refletidos tanto nos atuais dados da Secretaria Municipal de Educação (Smed), como no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Até o momento, o programa já registrou 40.133 atendimentos e 7.547 visitas domiciliares para orientar os estudantes e responsáveis sobre a importância da escola e da educação para a vida das crianças e adolescentes matriculados. Ao todo, 424 agentes da educação atuam nas escolas da Rede Municipal de Salvador. Eles são orientados por um coordenador, dois subcoordenadores e 11 orientadores de campo.
Em total conformidade com a gestão escolar e a coordenação pedagógica das unidades de ensino, os agentes realizam atividades diversas com o objetivo de motivar a permanência interessada do aluno, fomentar a participação da família e engajar a comunidade através de parcerias. As ações realizadas pelos agentes também têm caráter informativo, lúdico, cultural e de promoção da cidadania. De agosto de 2015 a dezembro de 2018, os alunos da rede tiveram acesso a 14.045 ações, entre elas 10.203 transversais (que ocorrem, pelo menos, duas vezes ao mês), 3.824 sincronizadas (realizadas a cada dois meses) e 18 coletivas (anuais em cada Gerência Regional de Educação).
As ações transversais tornam o dia das turmas escolares muito mais divertido e atrativo. Elas envolvem exibição de filme, apresentação teatral e musical, confecção de toucas para as merendeiras das escolas, incentivo à alimentação saudável, contação de história, orientação de saúde bucal, campanhas de alerta para temas relacionados à saúde, palestras, oficinas de objetos a partir de material reciclável, encaminhamento de crianças para tomar vacina, gincanas, palestras, cultivo, concursos e visitas.
“O programa tem na educação o mais poderoso mecanismo de transformação social. É gratificante saber que a iniciativa tem conscientizado as pessoas sobre o papel que elas exercem na sociedade e tem feito com que as famílias participem cada vez mais da vida escolar dos alunos. A comunidade em influência relevante para os resultados. Até o momento, já foram captados 2.887 parceiros que contribuem para as ações que são realizadas em prol da escola, que se torna um espaço não só de aprendizagem, como também de interatividade”, afirma Rosário Magalhães, presidente do Parque Social.
Requisitos – Para ser um agente da educação é preciso ter idade igual ou superior a 18 anos, ser estudante de pedagogia, estar matriculado em Instituição de Ensino Superior do curso noturno de pedagogia – presencial ou à distância –, no segundo e sexto semestre, ter disponibilidade para cumprir uma carga horária de 30 horas semanais, distribuídas entre o turno matutino e vespertino, e ser residente na comunidade onde vai atuar. Inscrições para novas equipes serão divulgadas este ano.
O programa tem a cogestão e também foi concebido pelo Parque Social. Por meio dele, todos saem ganhando. Ao mesmo tempo em que os alunos, familiares e profissionais da escola ganham com a participação atuante dos agentes, estes ganham com a experiência enriquecedora de fazer parte da transformação educacional da comunidade, com a capacitação a qual têm acesso e com uma bolsa-auxílio superior à que é praticada para a área (R$ 1.072, 02).
Ideb – A Prefeitura não tem medido esforços pela educação municipal, o que pode ser confirmado pelo último levantamento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2017. Nos anos iniciais, Salvador alcançou 5.3 na nota do Ideb, ultrapassando a meta para 2021, que é de 5.1. No Ideb de 2015, a nota foi de 4.7. Ou seja, depois de não ter registrado nenhum avanço em 2013 com os anos iniciais, em relação a 2011, o Ideb deu um salto de 1.3 ponto na atual gestão. Nos anos finais, Salvador foi a capital que mais cresceu, saindo da posição de número 24 para 18, subindo seis posições no ranking, com Ideb de 3.9.
 
SECOM 

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