Esporte

Contra o Palmeiras, tricolor tenta espantar ‘fantasma verde’

Que atire a primeira pedra o quem nunca achou graça ou desconsiderou a imaginação de uma criança que associou uma história em quadrinhos ou desenho animado ao chamado “mundo real”. Sem viajar demais, é possível identificar no futebol uma representação clara de que os autores de Super-Homem acertaram em cheio na história do herói.

Resumidamente, os cartunistas canadenses Joe Shuster e Jerry Siegel criaram um personagem que é enviado pelos país de Krypton para a Terra e que, apesar dos poderes, fica enfraquecido ao ter contato com a kryptonita, um mineral verde oriundo do seu planeta natal. Curiosamente, o Bahia, que tem como mascote o Super-Homem, costuma ser freguês das equipes que têm o verde como cor predominante. Neste domingo (16), contra o Palmeiras, às 16h, na Fonte Nova, por exemplo, o time do técnico Enderson Moreira busca um triunfo que o clube não alcança há 30 anos.

A partida vale pela 25ª rodada do Brasileirão. A última vez que o tricolor venceu a equipe paulista em Salvador pela Série A foi em 1988, por 1×0, gol de Bobô.

E a missão mais uma vez será complicada, já que o Palmeiras tem a melhor campanha do segundo turno, com quatro triunfos e um empate em cinco jogos. O Bahia só conseguiu vencer o Sport e sofreu quatro derrotas. Ninguém perdeu mais que o tricolor, que tem a segunda pior campanha do returno, à frente apenas do Paraná, lanterna do campeonato.

A estratégia de Enderson Moreira para pôr fim a esse incômodo tabu está na ponta da língua. “Importante é dar profundidade, velocidade, dar uma transição, sustentação na parte defensiva, o que é importante. O Palmeiras não vai ficar atrás se defendendo. A equipe vai argumentar o jogo, criar situações. A gente precisa estar equilibrado”, analisa o técnico do Esquadrão.

O comandante perdeu os meias Vinícius, por suspensão, e Allione, por ser emprestado pelo adversário, além do goleiro reserva Anderson, vetado com lesão na panturrilha. O capitão Tiago, com dor na coxa, é dúvida para o confronto. Caso não possa atuar, Douglas Grolli e Everson disputam a vaga ao lado de Lucas Fonseca.

No meio-campo, eis a grande dúvida. Elber, Marco Antônio, Edigar Junio e Ramires disputam duas vagas para formar o quarteto ofensivo junto com Zé Rafael e o centroavante Gilberto. Isso considerando que Enderson não repetirá o esquema com três volantes que levou Flávio a ser titular na derrota por 1×0 para o São Paulo. O garoto Ramires, 18 anos, que estreou contra o Sport, é um dos favoritos para começar o jogo.

Em 13º lugar com 28 pontos, o Bahia tenta voltar a pontuar para se manter no pelotão intermediário da Série A. No início desta rodada, a distância para a zona de rebaixamento, encabeçada pelo Vasco, era de quatro pontos.

Mais fantasmas verdes
Não é só contra o Palmeiras que o Bahia costuma se dar mal. Outros tradicionais “times verdes” do futebol brasileiro como Goiás, Coritiba, Guarani, Juventude e até a recente Chapecoense levam a melhor sobre o tricolor no histórico dos confrontos na Série A. A exceção é o América-MG, que em nove jogos só superou o Esquadrão uma vez. Nos outros oito, cinco triunfos e três empates.

Mais jovem entre os clubes citados, com apenas 45 anos, a Chapecoense jamais foi derrotada pelo Bahia. Em cinco jogos, foram três vitórias e dois empates.

Apesar de estar na Série B atualmente, o Coritiba é outro carrasco dos grandes. A última vez que o tricolor venceu o Coxa na primeira divisão foi em 1985, por 2×1, no Couto Pereira. Naquele ano, em que o Coritiba conquistou seu título nacional, curiosamente o Bahia também venceu na Fonte Nova pelo mesmo placar. Ao todo, são 28 jogos, com só três triunfos do tricolor contra nove do time paranaense e 16 empates.(Correio)

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