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Salvador segue em alerta para possível epidemia de dengue, zika e chikungunya

O Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre 03 e 07 de julho, revelou que a capital baiana segue em alerta para uma possível epidemia das arboviroses (dengue, zika vírus e chikungunya). O estudo apontou que o Índice de Infestação Predial (IIP) no município é de 2,6%, ou seja, a cada 100 imóveis visitados, aproximadamente três apresentaram focos Aedes. No levantamento anterior (abril/2018) o indicador era de 2,7%.

Apesar do índice de infestação permanecer estável em relação ao último estudo, o novo LIRAa apontou que Salvador ampliou o número de bairros com índice de infestação igual ou menor a 1,0%, indicador recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Agora são 28 localidades que não correm risco de uma epidemia das arboviroses, enquanto no levantamento anterior, divulgado em abril, eram 26 comunidades com índices satisfatórios na capital. O quantitativo de bairros com alto risco endêmico também reduziu em relação ao último levantamento, de 33 para 23 localidades com indicador acima de 4%.

“É um resultado muito tímido levando em conta todos os esforços da gestão em manter a cidade livre das doenças que são causadas pelo mosquito. É importante que a população também faça o seu papel e nos ajude nesse trabalho ininterrupto limpando seus quintais e mudando hábitos como deixar de jogar lixo nas ruas. Se a população não fizer a sua parte, fragiliza o nosso trabalho” pontuou Isolina Miguez, gerente das arboviroes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

A Lagoa da Paixão foi o bairro que apresentou maior índice de infestação (9,7%), seguido da Mata Escura (6,5%), Fazenda Coutos (6,0%), Vista Alegre (5,5%), São João do Cabrito e Lobato (5,0%). Já as localidades da Engomadeira, Cosme de Farias, Matatu, Brotas, Vila Laura e Cajazeiras apresentaram baixos indicadores entre 0% e 0,7%.

Atividades de campo – Para o enfrentamento das arboviroses, a Prefeitura da capital baiana retomará nesta quinta-feira (23) os “faxinaços” por toda a cidade com o objetivo de eliminar focos e criadouros dos vetores, sobretudo nos bairros prioritários. Amanhã a partir das 08 horas, os agentes de combate às endemias, em parceria com a Limpurb, percorrerão as ruas Franco Velasco, 16 de Janeiro e Sabiá, além das travessas do eixo 37 e BA 528, no bairro de Vista Alegre, no Subúrbio Ferroviário. A mobilização seguirá na comunidade também na sexta-feira (24).

“Estamos retomando as ações de rotina como os mutirões de limpeza nos bairros prioritários, em parceria com a Limpurb. Nessa mobilização, intensificamos as visitas casa a casa, além de trabalhos de manejo ambiental, limpeza, remoção e descarte de lixo ou quaisquer outros materiais que possam se tornar criadouros nessas localidades”, explicou Isolina.

Casos das doenças – Em 2018, Salvador tem apresentado queda acentuada no número de casos notificados de dengue, zika vírus e chikungunya. Os dados apontam para a eficácia das estratégias aplicadas pelo município no controle da infestação pelo mosquito Aedes aegypti nos 12 distritos sanitários da capital baiana. Entre janeiro e agosto deste ano, 1.097 casos de dengue foram notificados. No mesmo período do ano passado, 1.685 pessoas tiveram suspeita de infecção pelo agravo. Em relação à chikungunya, o registro foi quase sete vezes menor, com 55 notificações até agosto contra 275 no ano anterior. Já o número de pacientes com suspeita de zika vírus chegou a 51 – número seis vezes menor do que foi computado em 2016, quando 244 pessoas apresentaram sintomas da doença.

ASCOM

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