Política

Lídice da Mata pressiona e Rui volta a pedir “calma”

Apesar de a senadora Lídice da Mata (PSB) ser considerada hoje uma carta fora do baralho para muitos aliados do governador Rui Costa (PT), a socialista tem se articulado politicamente para conquistar uma vaga na majoritária. Diante do movimento de Lídice nos últimos dias, o chefe do Palácio de Ondina passou a pedir calma. A Executiva Estadual do PSB, que é comandada pela congressista, enviou nota registrando que a candidatura à reeleição da senadora trata-se de uma “questão de lógica eleitoral e justiça política”. “História, coerência, importância nacional, representação da Bahia, presença da mulher e significativa força eleitoral fazem da reeleição de Lídice uma prioridade nacional do PSB, uma questão de justiça política, de lógica eleitoral, e, acreditamos, uma exigência do povo baiano”, diz um trecho do texto.

Além disso, Lídice tem ido a eventos da esquerda para angariar apoio. Essa semana ela participou de um ato do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro), quando recebeu apoio da categoria. Ontem, foi a vez de Lídice encontrar com um grupo de mulheres de diversos partidos, como o PSOL, REDE e o PT. No encontro, elas anunciaram que defenderão a candidatura à reeleição da socialista. Durante a reunião, o grupo discutiu assuntos como os retrocessos ocorridos após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e a aprovação de matérias que retiram direitos de trabalhadores e favorecem o grande capital. “Defender a candidatura de Lídice é defender os direitos das mulheres e as bandeiras de luta contra o machismo, contra as desigualdades e descumprimentos de leis que asseguram os nossos direitos. Lídice faz um mandato progressista, alinhados aos nossos projetos de garantia da soberania nacional e a favor dos trabalhadores brasileiros”, afirmou Luciana Mandelli, da articulação política da Executiva Estadual do PT.

A expectativa também de que intelectuais e artistas preparem um manifesto em apoio à candidatura da socialista. Lídice, também, já chegou a ameaçar lançar uma candidatura avulsa ao Senado. Ontem, o governador reiterou o pedido para se manter a calma na discussão da chapa e garantiu que a composição governista não está montada, apesar de especulações de que hoje seria: Rui Costa (governador), João Leão (vice) e Jaques Wagner e Ângelo Coronel (candidatos ao Senado). “A gente vai tratar isso [debate sobre a chapa] com calma. O ritmo não é o ritmo que vocês estão tratando na imprensa. A gente não está na véspera das convenções, que só serão em julho. Então, nós não vamos seguir nesse ritmo acelerado. As coisas serão definidas com muita calma. Não tem porque ficar atropelando as conversas. Nós vamos definir com muita calma e cautela. Não há previsão. Não há anuncio previsto”, afirmou o petista baiano, durante evento que marcou o início das obras de modernização do aeroporto de Salvador.O(TB)

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