Esporte

Dia de Ba-Vi: mandante jamais perdeu clássico com torcida única

Desde o segundo clássico de 2017, a torcida única se tornou um elemento do Ba-Vi. Em fevereiro deste ano, rubro-negros e tricolores, estes em minoria, voltaram a frequentar o mesmo espaço, as arquibancadas do Barradão. Mas o que parecia um alento para uma nova campanha de paz foi por água abaixo após brigas entre torcedores fora do estádio e a confusão entre os jogadores no campo.

O resultado foi a nova recomendação do Ministério Público, acatada pela FBF, para que apenas torcedores do time mandante frequentem os Ba-Vis da final do Campeonato Baiano, a começar pelo deste domingo (1º), às 16h, na Fonte Nova, restrito aos do Bahia. O memo raciocínio se aplica ao jogo de volta, dia 8, só com torcida rubro-negra no Barradão.

Fato lamentado pelo volante Fillipe Soutto, do Vitória. “Eu sempre gosto de jogar com torcida. Quando a nossa torcida tem possibilidade de ir ao estádio, nem que seja em minoria, ajuda a nossa equipe. O torcedor sabe a força que tem. Quando se trata de um jogo tão decisivo, como é a final, seria muito legal que o torcedor do Vitória pudesse comparecer nesse primeiro jogo e, consequentemente, o torcedor do Bahia teria o espaço aqui (no Barradão). Prefiro me abster de comentário, mas ter o torcedor ao nosso lado é muito importante”.

Enquanto o maior clássico do Norte/Nordeste for sinônimo de torcida única, os encontros entre os clubes servirão, ao menos, para apresentar novas estatísticas. Neste domingo (1) acontecerá o sétimo Ba-Vi nesses moldes, e um dado em comum entre os seis anteriores, todos disputados no ano passado, é que o time da casa não foi derrotado em nenhum deles.

Nos três na Fonte Nova, o Bahia venceu por 2×0, no jogo de volta da semifinal da Copa do Nordeste; houve empate por 1×1 na primeira final do estadual; e, na Série A, o tricolor foi vitorioso novamente, por 2×1. Nos três no Barradão, o Vitória venceu por 2×1 na partida de ida da semifinal do Nordestão e depois houve dois empates por 0x0, um na decisão do Baiano e o outro pelo Brasileiro.

‘Torcedor vem com tudo’

Para manter esse tabu, o técnico Guto Ferreira quer aproveitar o apoio que o Bahia receberá das arquibancadas. Até sábado (31), 38 mil ingressos foram vendidos. “O torcedor do Bahia vem com tudo. A gente sabe da qualidade do adversário, mas confia em um grande jogo, junto com o torcedor, e em dar um passo importante para o jogo de 180 minutos. O final não vai ser definido em casa, mas a gente pode garantir uma vantagem”, ressalta.

O meia Zé Rafael acredita que vencer na Fonte Nova é essencial na pretensão de comemorar o título, dia 8, no Barradão, já que o Vitória, dono da melhor campanha do estadual, joga por dois empates para erguer o troféu. “Temos um grande desafio contra o nosso maior rival, dentro do nosso estádio, com o apoio da nossa torcida. Temos que usar esses fatores para buscar o triunfo e sair na frente nessa decisão, para, então, decidir na casa do adversário”, comenta.

O camisa 10 tricolor frisa que o Ba-Vi precisa ser decidido dentro de campo. “Temos que pedir que seja um jogo disputado na bola, sem que haja cenas como as que vimos no último jogo entre as duas equipes, pois aquilo não é o futebol que o público quer assistir, não é o exemplo que pretendemos passar para quem vê de fora”.

Com a intenção de quebrar o tabu, o Vitória tem em Neilton a principal esperança de gols. O atacante já marcou 13 gols em 17 jogos na temporada. “Vai ser um jogo bom, clássico, jogo em que as duas equipes querem jogar. Espero manter essa fase nos dois últimos jogos do Campeonato Baiano”, diz, confiante, antes de alertar para os perigos que o rival pode proporcionar. “A equipe deles é bem perigosa, estamos trabalhando em cima disso. Temos que tomar cuidados e melhorar em algumas coisas para não pecar”.(Correio)

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