Tecnologia

Google anuncia app para que pais controlem celulares de seus filhos

“O Family Link dá à criança a liberdade para acessar um dispositivo Android, mas ao mesmo tempo obviamente seguir as regras que o pai ou a mãe estabelecerem”, diz Marcel Leonardi, conselheiro sênior de políticas públicas do Google.

“O Google não acredita que está no papel de pai. A gente só fornece uma ferramenta para o pai ou mãe gerenciar aquilo que ache mais adequado para o filho.”

“Eu sei como pai que às vezes a gente coloca um horário para o filho e ele não obedece”, diz Leonardi, que é pai de duas crianças, de 9 e 12 anos.

Para menores de 13

Em janeiro, o Facebook criou uma versão de seu serviço de bate-papo para crianças que é controlada por pais. Não deu outra. O Messenger Kids foi alvo de uma série de críticas de ONGs de defesa da infância.

“Crianças menores simplesmente não estão prontas para ter uma conta em redes sociais”, afirmou a Campanha para Infância sem Comerciais, de Boston, em uma carta endereçada ao presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg.

Leonardi diz que “não existe um consenso nem entre educadores e psicólogos” sobre o uso de tecnologia por parte de crianças.

“A ideia é que cada família avalie o grau de maturidade de cada criança e defina.”

Ainda para afastar as críticas, ele diz que o aplicativo possui recursos que impedem crianças de burlarem as restrições impostas pelos pais. Uma delas é que proíbe crianças de mudarem de conta para ter acesso mais livre a serviços. Somente o dono do celular em que o app está instalado consegue fazer isso.

Por meio do aplicativo, é possível ainda configurar contas diferentes, com níveis diversos de restrição. Isso é uma alternativa para famílias com mais filhos.

“A ferramenta pode ser muito ou pouca restritiva, se os pais entenderem que deve ser assim”, descreve Leonardi. O que o aplicativo não consegue fazer é impedir as ações das crianças dentro de um aplicativo. Se os pais liberarem o uso do WhatsApp, por exemplo, o Family Link não é capaz de barrar que as crianças recebam ou enviem fotos ou que conversem com pessoas desconhecidas.

“É muito mais simples, por exemplo, impedir o uso global de um aplicativo de mensagens do que tentar ter um controle granular do que a criança está fazendo ou deixando de fazer. Ou seja, é mais fácil bloquear do que ter o controle de cada atividade do que esse app permite ou proíbe.”(G1)

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