Política

Unidos, jamais serão vencidos (por ora!)

Onde verdadeiramente importa para ele, o governo continua forte. Foi o que ficou outra vez provado com o resultado, ontem, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, da votação do parecer que recomenda o arquivamento da segunda denúncia de corrupção contra o presidente Michel Temer.

O governo esperava colher os mesmos 41 votos que lhe permitiram enterrar, ali, a primeira denúncia. Colheu 39. Ficou de bom tamanho. Quando o parecer for votado no plenário da Câmara na próxima semana, o reza para que o resultado não lhe reserve nenhuma surpresa desagradável.

No início de agosto, votaram a primeira denúncia de corrupção 492 dos 513 deputados. Placar: 263 a favor do pedido de licença para que Temer fosse processado pelo Supremo Tribunal Federal, 227 contra e duas abstenções. Houve 19 ausências. Era necessário o mínimo de 342 votos para aprovação do pedido de licença.

Assim, a oposição ao governo ganhou, mas não levou. Não levará novamente desta vez. Mas seria muito ruim para a imagem do governo se o número de votos contrários à concessão do pedido de licença ficasse muito abaixo dos 227. Revelaria que o governo se enfraqueceu na Câmara entre a primeira e a segunda denúncia.

No mínimo é esdrúxula a situação deste governo, ainda forte no Congresso, e cada vez mais débil fora dele. Inverteu-se a lógica. Ela ensinava que um governo sem apoio popular é um governo condenado ao abandono pelos políticos. Não este. Maiores são os interesses que unem um governo e um Congresso desgastados. (Blog do Noblat)

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