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Mais de 300 animais estão em ameaça de extinção na Bahia

Mais de 300 animais estão em níveis diferentes de ameaça de extinção no estado da Bahia. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) publicou no Diário Oficial do Estado (16) portaria que cita uma lista de 331 espécies de anfíbios, aves, mamíferos, répteis, invertebrados continentais, peixes, invertebrados marinhos e espécies ameaçadas de  “interesse social”.

Ao todo, foram avaliadas 2.607 espécies de fauna consideradas raras, endêmicas ou sob ameaça de extinção no território baiano. No entanto, os 331 animais entraram na lista, que tem variações de níveis de ameaça. São 140 espécies, que se enquadram no nível “vulnerável”; 131, no nível “perigo”; 54, no “criticamente em perigo”, e cinco, em “regionalmente extintas”.

Todas as espécies que constam nos níveis de ameaça passam a ter proteção integral dos órgãos de defesa do meio ambiente. A captura, transporte, armazenamento, guarda, manejo, beneficiamento e comercialização desses animais fica proibida. Entre os animais protegidos, estão espécies como Onça-pintada, Ararinha-azul, Gavião-real, Papagaio-de-peito-roxo, Águia-cinzenta, Tartaruga-de-pente, Tartaruga-verde, Aranha Caranguejeira, Cobra-coral, Cobra-verde, Pica-pau-amarelo, Estrela-do-mar, Cação, Cavalo-marinho, Piaba, Peixe-serra, Atum-azul, o Bugio-marrom.

Na categoria das espécies ameaçadas de “interesse social”, foram incluídos os animais alvos de uso sustentável por comunidades tradicionais, ou para subsistência. Assim, pode ser permitida a exploração, desde que regulamentada e autorizada pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), a partir de critérios específicos. Entre as espécies de “interesse social” ameaçadas estão abelhas sem ferrão (Uruçu, Mandaçaia e Jandaíra), Caranguejo-Uça, uaiamun, Pitu, Aratu, peixe Bagre, Badejo-Amarelo, Mero, Tubarão Martelo, entre outros.

Planos de Ação

Segundo a secretaria, a publicação da lista dos animais em extinção coloca o estado como o sétimo do país com a iniciativa. A Lista Vermelha, como chamada pelo órgão, é considerada importante, porque incentiva o início “de ações e políticas que possam reverter o quadro de ameaça a essas espécies”.

Conforme previsto em lei estadual, a lista deve ser periodicamente revisada e atualizada. O próximo passo é a conclusão dos Planos de Ação das espécies ameaçadas e a listagem da flora ameaçada, que está em fase de desenvolvimento e, segundo a SEMA, será publicada “em breve”.

O levantamento das espécies em extinção foi um trabalho conjunto que envolveu, principalmente, a SEMA, o Instituto Dríades de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade, universidades federais e estaduais, na Bahia e o Inema, totalizando 115 especialistas de 40 instituições.(Agência Brasil)

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