Política

Alckmin não será empecilho à candidatura de Dória a presidente

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem razão em tudo o que disse ontem em entrevista a jornalistas após a abertura da Agrishow, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

Sim, “pesquisa antes de começar a campanha eleitoral retrata o passado, é uma fotografia representando as últimas eleições. Então não tem maior significado”.

Sim, o desempenho do prefeito João Dória na mais recente pesquisa do Datafolha se deve ao chamado recall eleitoral, já que o prefeito saiu há pouco de uma disputa na capital paulista.

E sim, falta ao governo federal uma boa comunicação para explicar os benefícios da reforma da Previdência à população. Sete em cada 10 brasileiros são contra a reforma, segundo o Datafolha.

O que Alckmin não disse, e talvez não lhe tenha sido perguntado, foi por que se saiu tão mal na pesquisa. Dória o ultrapassou nas intenções de voto. E cresceu expressivamente a rejeição a Alckmin.

A ultrapassagem poderia ser atribuída ao que Alckmin chama de recall eleitoral. O crescimento da rejeição ao seu nome, certamente ao fato de ele ter sido citado na Lava Jato.

A rejeição ao nome do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que disputou a última eleição presidencial e perdeu por pouco, também só faz crescer. E pela mesma razão.

De fato, hoje e até onde a vista alcança, o PSDB só dispõe de um nome com chances de se impor como candidato do partido à eleição presidencial do próximo ano – Dória.

Alckmin sabe disso, embora seja muito cedo para admitir de público. Engana-se quem pensar que ele brigará com o prefeito. Se for o caso, o apoiará com entusiasmo.(Blog do Noblat)

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