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Brasileiros terão de poupar mais em 2015

Especialistas avaliam que 2015 será um ano difícil para o bolso dos brasileiros. Em meio ao aumento generalizado da inflação, das taxas de juros e dos impostos, o conselho é evitar gastos desnecessários, ficar longe de dívidas e poupar o máximo possível para não encerrar os próximos doze meses no vermelho. “Além da inflação e dos ajustes já esperados para a economia, o mercado de trabalho também permanece incerto. As pessoas têm de estar preparadas para despesas mais pesadas”, afirma o educador financeiro da SPC Brasil, José Vignoli. 
Estimativas de economistas consultados pelo Banco Central apontaram pela primeira vez que ainflação deverá estourar o teto da meta em 2015. De acordo com o Boletim Focus divulgado na segunda-feira, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá encerrar o próximo ano em 6,54%, acima do teto anual de 4,5% com margem de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. Inúmeras trapalhadas do governo no campo econômico, como osrepasses bilionários para distribuidoras de energia, também devem contribuir para dificultar o orçamento das famílias. “Ano que vem será ainda mais difícil para as pessoas que não criaram poupança quando a economia estava uma maravilha. Quem se acostumou a gastar, a tomar crédito e a usar o cheque especial com muita facilidade não aguentará o tranco se não houver disciplina.”
Investimentos – Com o fraco desempenho da poupança ao longo dos últimos meses, a renda fixa pode ser uma opção mais segura para os consumidores que quiserem economizar. “É recomendável que as pessoas procurem alternativas para proteger o dinheiro, porque o rendimento da caderneta de poupança ficou abaixo da inflação no ano que se passou. Renda fixa é com certeza uma das indicações mais confiáveis”, diz o especialista em investimentos do Banco Ourinvest, Mauro Calil. Ele recomenda separar 70% do salário para despesas e poupar ou aplicar os outros 30%. Em caso de financiamentos, o ideal é utilizar no máximo 20% do dinheiro. 
A caderneta de poupança registrou uma captação líquida (diferença entre depósitos e saques) de 2,53 bilhões de reais em novembro, o pior resultado para o mês desde 2011. No acumulado do ano, a captação líquida ficou em 18,60 bilhões de reais, saldo 69% menor do que o observado em igual período de 2013. Ainda com a elevação da taxa básica de juros (Selic) para 11,75% ao ano, os fundos de renda fixa ficaram mais atrativos do que a caderneta de poupança. De acordo com estudo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), fundos de renda fixa com taxas de administração de até 1% ao ano rendem mais do que a poupança independente do prazo de resgate.
Se a palavra da vez é poupar, o início do ano é uma ótima oportunidade para rever começar a rever contas, cancelar serviços desnecessários, e reservar uma parte do salário para um sonho ou para a aposentadoria. “Um outro ponto de vista pode ser olhar as dificuldades do próximo ano como oportunidades. Em vez de comprar, o consumidor será levado a poupar, investir suas economias com mais segurança e até fazer um pé-de-meia para contar com uma renda extra”, diz a consultora especializada em finanças, Allessandra Ferreira. Anotar gastos, evitar cheque especial e renegociar dívidas estão entre as orientações para poupar dinheiro em 2015. Confira algumas dicas:(Veja)

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