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Inpe indica aceleração do desmatamento na Amazônia

Leão Serva, Observador Político
O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais,www.inpe.br) acaba de divulgar os resultados de desmatamento e degradação da floresta amazônica nos meses de novembro e dezembro, conforme o programa DETER, que divulga dados mensais. Eles mostram uma aceleração das agressões à floresta: em relação ao último bimestre do ano anterior, os focos de desmatamento ou degradação cresceram cerca de 60%, passando de 135 km2 em 2010 para 218 km2 em 2011 (ver a página do Inpe:http://www.inpe.br/noticias/noticia.php?Cod_Noticia=2819).
É mais um dado que indica que a degradação da floresta se agravou em 2011, tornando mais estranho o dado divulgado meses antes a partir de outro programa, chamado PRODES, que também analisa o desmatamento na Amazônia a partir de fotos de satélite melhores mas com análise mais demorada. Por isso, o DETER é divulgado mensalmente enquanto o PRODES só uma vez por ano, em novembro (análise preliminar) e abril (análise definitiva).
Na divulgação preliminar dos dados em novembro, o governo anunciou uma redução do ritmo do desmatamento, contradizendo a expectativa dos analistas, que vinham preocupados com os dados mensais do DETER, que indicavam um aumento dos focos de desmatamento e degradação, sugerindo uma aceleração do ritmo de destruição da floresta.
Os novos dados reforçam esse estranhamento e colocam grande expectativa sobre a divulgação da análise definitiva dos dados do PRODES, em abril. O grande problema dos dados de desmatamento divulgados pelo INPE é que o monitoramento mais preciso só é divulgado de forma mais exata quase um ano depois do último mês de coleta dos dados (de julho de um ano a abril do ano seguinte) e 21 meses depois do primeiro mês coletado.
Em outras palavras, quando o governo brasileiro anuncia os resultados do monitoramento, fala de um desmatamento ocorrido muito tempo antes.( Blog Noblat )

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